Para quem busca o exótico, o surpreendente e o contato com uma natureza que permanece exuberante desde o século XVI, a ilha do Marajó, além de riquezas materiais, guarda histórias e costumes que fascinam tanto os amantes por aventura, quanto os que procuram paz e calmaria.
Recheada com paisagens e ecossistemas dos mais variados, desde savanas e mangues até florestas e campos alagados, a região marajoara, que já foi chamada de Marinatambal e Ilha Grande de Joannes, não por acaso é reconhecida pelo livro de recordes 'RankBrasil' como a maior ilha fluviomarinha do mundo, com seus aproximadamente 50 mil quilômetros quadrados de terras banhadas pelos rios Amazonas e Tocantins, além do Oceano Atlântico.
Fazendas como a São Jerônimo, onde por cerca de R$ 20 pode-se passear à cavalo, passando por mangues e muito mais; e a Bom Jesus, um verdadeiro recanto de Guarás, aves de penas vermelhas, tornam um banho de praia muito melhor. Falando nisso, as opções são muitas, além da Praia Grande, também tem as praias de Joannes, da Barra Velha e do Pesqueiro.
A característica mais marcante da ilha do Marajó tem vida própria. Os búfalos, mais especificamente os da raça Carabao, foram alguns dos 'turistas' que resolveram ficar na ilha. E eles são tantos que podem ser encontrados facilmente pelas ruas. Mas sem nenhum perigo, porque os desta linhagem são domésticos e dóceis de natureza. Pode até pensar em uma pose, porque eles adoram fotos.
Os búfalos também são parte peculiar de outras duas grandes características do local: o artesanato, com a produção de bolsas e sandálias que misturam o conforto à resistência, feitas a partir do couro do animal e, principalmente, a culinária, que serve o suculento leite de búfalo com seu derivado, famoso nas rodas de bate-papo entre pessoas que já visitaram a ilha: o queijo do Marajó.
Estes últimos podem ser encontrados em qualquer estabelecimento de produtos alimentícios. Nos restaurantes, são servidos em pratos como o 'filé marajoara', feito com filé bubalino grelhado na manteiga de búfalo, queijo do marajó, risoto de jambú com coalho, alho dourado, macaxeira frita, farofa fina e vinagrete.
Para o guia turístico, Marco Romero, o Marajó é mesmo um pedaço de céu. 'Quem vai ao Marajó encontrará praias, fazendas, búfalos, mangues, pássaros, rios, igarapés, gastronomia típica da região marajoara, e muitas outras peculiaridades', e completa: 'A melhor indicação é vivenciar essa experiência, que é estar perto do povo marajora, nas fazendas ou nas cidades, ouvindo e vendo suas linguagens e principalmente saboreando a culinária em bons restaurantes facilmente indicados pelos moradores'.
No mais, pode-se ainda fazer como o marajoara Nagib Abdon, médico infectologista que mora em Belém, mas que, sempre que pode volta às origens para fazer coisas que eram sua paixão na infância. 'Gosto de tomar banho na chuva, nos igarapés, nas praias, além de jogar um futebol, é claro!', conta.
E quem mora lá, é só elogios. Carmem Lúcia Gouvêia mora na ilha há cerca de três décadas e pretende ficar muito mais. 'Nasci em Belém, mas me considero uma marajoara. Cheguei aqui há uns 32 anos, mas tive que voltar para Belém por conta dos estudos dos meus flhos e voltei para cá logo que pude. Para mim o Marajó é um pedacinho do paraíso!, ressalta.
E para chegar a este pedaço do paraíso basta ir ao porto da Estação das Docas, em Belém, e curtir a viagem. De barco, as passagens custam de R$ 13 a R$ 25 cada. Depois de descer no porto de Camará, no município de Salvaterra, chega a vez do transporte rodoviário, que custa, em média, R$ 9 de micro-ônibus climatizado, R$ 5 de van e R$ 2 de ônibus, além de táxis.
Os horários são: Transporte de passageiros - De segunda a sábado, no galpão 10 das Docas, Belém/Salvaterra, às 6h30 e às 14h30. Já Salvaterra/Belém, às 6h30 e às 14h30. Aos domingos, também no galpão 10, Belém/Salvaterra, às 10h, e Salvaterra/Belém, às 15h.
Transporte de veículos (ferry boat) - De segunda a sexta, Belém (Icoaraci)/Salvaterra, às 6h30, e Salvaterra/Belém, às 16h. Aos sábados, Belém (Icoaraci)/Salvaterra, às 4h e às 6h30h. Já Salvaterra/Belém, às 16h. Aos domingos, Belém (Icoaraci)/Salvaterra, às 6h, e Salvaterra/Belém: às 16h e às 17h.
Para você que quer se divertir, ter uma boa leitura ou sair da triteza... Temos de tudo por aqui um MIX para todos os gostos...
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